segunda-feira, 15 de março de 2010

Na próxima edição - Na tranquilidade de um HOME OFFICE

terça-feira, 9 de março de 2010

Jornal Fortaleza Decor - Quarta Edição

segunda-feira, 8 de março de 2010

Breve história da Ikebana



A arte da Ikebana tem sua origem na Índia. Conta-se que certa vez Gautama – Buda, viu no chão um galho de flores quebrado pelo vento. Cheio de piedade pediu a um de seus discípulos para pôr os galhos na água para que assim as flores tivessem sua vida prolongada. A partir daí os discípulos de Buda começaram a cuidar com muito esmero de todas as flores que encontravam caídas pelo caminho. Faziam com elas lindos arranjos florais em homenagem ao seu mestre.
Com o tempo esses arranjos passaram a ser ofertados a Buda e a decorar os altares dos templos se tornando aos poucos parte dos rituais do budismo indiano.
Os monges budistas ao longo do tempo foram se aperfeiçoando na arte dos arranjos florais até chegarem a uma forma de jardinagem de grande profundidade espiritual chamada "Paisagem Seca". Porém, foi com um monge conhecido como "ermitão do lago" que a técnica se desenvolveu de uma maneira mais harmoniosa atraindo monges de outros templos que vinham lhe pedir que ensinasse a arte.
A arte de criar arranjos florais passou a se chamar Ikebana. Essa é reconhecida como primeira escola de arranjos florais no Japão.
Por volta do ano de 1334 surge a escola Ikebobo a escola mais antiga e tradicional da Ikebana. Durante os anos que se seguiram várias outras escolas surgiram até os dias atuais culminando com o moderníssimo "Estilo Livre", onde as possibilidades de criar são ilimitadas combinando com ambientes e gostos contemporâneos.

terça-feira, 2 de março de 2010

Capa - Em busca de bons fluidos


A harmonização e equilíbrio através da Ikebana trazendo beleza e arte a decoração

Dizem os orientais que a harmonia pode ser adquirida através da ornamentação com flores utilizando uma técnica conhecida pelos japoneses há séculos: A Ikebana.

Ike significa dar vida e bana, quer dizer flor. Significando muito mais que um simples trabalho de ornamentação, é antes de tudo uma arte que visa o desenvolvimento de habilidades como, observação, concentração e sensibilidade, promovendo um maior equilíbrio físico e espiritual.

Aos que acham que a Ikebana é antes de tudo uma atividade intrinsecamente feminina, é interessante esclarecer que essa prática era muito utilizada pelos Samurais, antigos guerreiros japoneses. Ela ajudava a desenvolver diversas habilidades inclusive a destreza no manejo de armas.

Foi originada na Índia e disseminada no Japão se tornando parte da cultura de seu povo. Aos poucos foi perdendo seu caráter puramente religioso para se tornar uma arte em seu sentido literal. A partir daí surgiram grandes mestres, cada um adotando estilos diferenciados, mas todos de grande importância para a história do Japão, deixando um legado de beleza e criatividade.

Até o século XV muitos arranjos eram encontrados nos templos budistas. Eles recebiam o nome do “Rikka”, que significa flores eretas.
Tinham um aspecto rígido e volumoso. De caráter puramente religioso indicavam a fé dos adeptos a religião budista. Depois disso a técnica sofreu uma simplificação e tornou-se mais popular dando origem ao que é conhecido hoje como “Seiva”.

No Brasil existem muitas escolas que ensinam a arte, porém, com estilos diferentes. Os adeptos brasileiros da arte de arranjo floral resgataram o caráter espiritual de sua prática e procuram através dela uma harmonização com a natureza.

O estilo mais difundido no Brasil é o Kado sanguetsu, que significa “caminho da flor”. Esse caminho se relaciona com o princípio do três, representado pelo triângulo formado por galhos secos ou flores solitárias. O mais alto dos galhos aponta em direção ao futuro representando o Sol, astro que gera a vida, o maior de todos, o futuro, o pai. O galho seco e de tamanho médio representa a Lua, a mãe, o tempo presente e o pequeno nos remete ao passado, a terra, aos filhos.

De uma forma ou de outra, nunca é simples lidar com uma ferramenta tão delicada quanto a flor e de uma forma tão abstrata. Ao mesmo tempo é também muito simples, por que faz desabrochar nossa humanidade. Não podemos esquecer que somos parte da natureza, nos juntamos a nossa outra parte, vivificando e valorizando toda a beleza que existe em cada elemento do arranjo.
Texto: Eliza Souza
Fotografia: Divulgação

Galeria - Ikebana Sanguetsu














Paisagismo - A favor da Natureza



A interação com a natureza no projeto paisagístico de Luciana Mota

No mundo contemporâneo onde o contato com a natureza se torna cada vez mais escasso, os projetos de paisagismo tornam-se a opção ideal para obter um diálogo maior com as áreas verdes e ganham força nos projetos arquitetônicos.
Foi pensando em harmonizar esses espaços que a arquiteta Luciana Mota vem desenvolvendo também projetos paisagísticos, área em que faz diversos trabalhos com muito sucesso dando ênfase especial a vegetação local, muito exótica e diversificada.
A arquiteta ensina que deve existir em todo projeto paisagístico uma coerência entre solo e clima e acima de tudo a vegetação utilizada deve ter uma afinidade com os usuários e com o espaço em que estão inseridas. “Existem pessoas que gostam de cuidar pessoalmente de seus jardins criando uma intimidade com as plantas e fazendo desse “cuidar” uma terapia. Nesse caso o jardim pode vir a ter espécies diversificadas. Já não é o caso do usuário que não tem intimidade com plantas, ele então necessitará de um jardim mais simplificado e que tenha uma manutenção mais econômica”.
A Paisagista conta que em um projeto paisagístico feito no Residencial Alphaville utilizou muitas palmeiras como, carnaúba, licuala, chuveirinho em um resultado bonito e de clima tropical. Sem muita necessidade de manutenção são plantas características da região e tem muita resistência ao calor do nordeste diminuindo a frequência na manutenção e economizando água uma vez que sua irrigação é planejada.
O projeto contou com a orientação da profissional desde a definição de pisos, revestimento de paredes, iluminação da fachada e desenhos dos bancos. A definição do projeto paisagístico foi feita através do contato com o dia-a-dia do cliente, suas preferências, gostos pessoais e daí a escolha ideal das texturas, volumes e cores que seriam utilizados.
A arquiteta que desde criança tem amor pela natureza e desde muito cedo observava a mãe cuidando dos jardins de sua casa finaliza afirmando que “... quanto mais natureza houver dentro de um espaço, mais valorizado e belo ele será, nos trazendo sempre bem estar e equilíbrio”.

Serviço:
Luciana Mota
arquitetalucianamota@gmail.com
Fones: (85) 9982-8722/(85) 3261-6531
Texto: Eliza Souza/Fotografia: César Marti