segunda-feira, 5 de abril de 2010

Design - Escritório em Casa



Home Office ou escritório em casa, a princípio, é um espaço destinado à atividades de trabalho ou lazer, de acordo com as necessidades de um indivíduo, de uma família, de um casal, de seus filhos etc.
A essa diversidade de funções, somou-se o intenso uso da internet e seus agregados (sites de relacionamento, de compras, de e-mails, entre tantos outros “e-itens“) e a necessidade de implementar a tecnologia que avança e se atualiza a cada dia.
Essas necessidades podem envolver de uma simples vaidade até uma carência de um espaço próprio para atividades relacionadas à leitura, estudo, trabalho, lazer, relacionados ao computador.
Este último, antes famoso PC (personal computer) vem sendo substituído, em ritmo levemente acelerado, por notebooks e netbooks, hoje tão acessíveis, extravasando os limites do Home Office, já que não haveria a carência de existir um ambiente para o grande PC fixo, como se fosse um eletro-doméstico, mas sim postos onde os note ou netbooks pudessem ser utilizados de forma satisfatória, em quaisquer espaços da residência, flexibilizando os novos usos destes novos equipamentos, cada vez menores e com multiplicidade de funções.
Mas, já que estamos refletindo sobre o modo de pensar o Home Office, o que fazer com os internautas, “gamemaníacos” e com os workaholics, em seus lazeres, prazeres e trabalhos intensos, ao longo de horas, no meio da sala, por exemplo?
O espaço físico, ambiente construído, somado aos elementos móveis e eletro-eletrônicos, não mais de grande porte, tais quais os computadores e seus agregados destinados a essas atividades e suas principais características, acabam por se tornar a grande tônica dessa conversa.
É interessante que profissionais da área do Design de Interiores e seus clientes se conscientizem da real necessidade para esses espaços: conforto, térmico e acústico; funcionalidade e ergonomia, já que se trata de um espaço onde se passa horas; dinamismo e mutabilidade, por estar relacionado com trabalho e lazer, permitindo assim que o mesmo seja utilizado para vários fins, podendo ser transformado, por exemplo, de escritório para sala de sala de som e TV, com exibição de filmes “downlodeados” via internet e apresentados em uma grande tela de LCD ou Led, ou até mesmo permitindo reuniões com amigos ou clientes.
Faz-se interessante, também, refletir sobre o quão agradável deve ser esse espaço, principalmente se for destinado ao trabalho, já que se trata de um espaço residencial e, a princípio, não deve ter aparência comercial, empresarial etc., mas sim possuir itens pessoais, que estimulem o interesse por estar ali a trabalho, itens agradáveis de ver e até tocar. Deve ser passível de variações de intensidade de luz e até de cor, com o advento e incremento da tecnologia de Led isto é possível e viável na maioria dos projetos.
Por fim, pode-se dizer que por conta do intenso envolvimento do humano com o espaço físico habitável residencial hoje, nós, profissionais do Design, devemos dar a devida importância ao que se refere ao conforto, funcionalidade, estética, bem-estar e saúde, inclusive mental, nos projetos de interiores, valorizando cada item, especificado ou projetado, e sua benéfica relação com o usuário, principalmente em espaços como esses, que reúnem tantas possibilidades.

Texto: Neandro Nascimento
Designer / Ergonomista / Professor
nnascimento.designer@gmail.com
Fotografia: Divulgação

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