terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Design - O que é ser Vintage?


O termo vintage esteve e está na moda! O termo vem carregando terminologias como “resignificação” e “resignificância” ou ainda “descontextualizar” para “recontextualizar”. Mas o que isso quer dizer? Qual o significado? Qual é o contexto?
Primeiramente devemos conhecer o que é vintage!

Ao pé da letra, vintage significa safra boa de boas uvas. Portanto, se dermos resignificado ao termo, podemos considerar que vintage , em arte e design, é trazer de volta “boas safras” de obras de arte e de design, ou seja, objetos que marcaram uma época, um movimento, um estilo, uma linguagem, ou simplesmente elementos decorativos que compunham um repertório de formas de uma época, um movimento, um estilo, uma linguagem... Pode-se dizer que nem tudo que é antigo é vintage.

Grande exemplo disso, foram os relançamentos de carros como o Dodge Challenger, o Chevrolet Camaro e o Ford Mustang, todos com características, formas e principais linhas, similares as dos modelos lançados na década de 60.

Vale ressaltar que os ambientes contemporâneos (final do século XX / início do século XXI) tenderiam a ficar inundados de frieza e monotonia, diante do universo do Design de Interiores marcado por um renascimento (nenhuma conotação com o Renascimento Italiano) do Moderno (final da década de 20, influência da Escola Bauhaus), com móveis de desenho retilínio, com a utilização da madeira, do vidro e do metal, redução de elementos decorativos, principalmente os não funcionais, entre outros.

No entanto, a proposta vintage acabou por salvar os novos projetos, já que a busca pelo novo foi o resgate ao passado, contemplando as mais interessantes representações de arte e design da história. Os ambientes atuais são sutilmente pontuados com objetos e elementos decorativos que encontram similaridade com obras do passado, com suas graciosas curvas, cores, efeitos, entre outros aspectos.
Aguardam-se, para um futuro próximo, propostas vanguardistas para o Design de Interiores e para a Arquitetura brasileiros, prática esta já comum em países da Europa e no Oriente bem abastado de riquezas como Bahein.

Por fim, um apelo: livremo-nos das amarras do passado para desenvolvermos um Design e uma Arquitetura com identidade, brasileira, com influências “vintagistas” sim, pois estas fazem parte da nossa escola, mas com o nosso tempero.
Texto: Neandro Nascimento
Designer/ Professor / Ergonomista.

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